Frida Kahlo era uma mulher com deficiência
Frida Kahlo é frequentemente lembrada como uma mulher à frente de seu tempo, como uma figura LGBTQA+, e por suas significativas contribuições para o feminismo, sua consciência de classe, e representatividade da cultura latina e indígena. No entanto, um aspecto crucial e menos discutido sobre sua vida precisa ser lembrado, Frida também era uma mulher com deficiência.
Desde a infância, Frida carregou as marcas de uma saúde frágil. Aos seis anos, enfrentou a poliomielite, que deixou sequelas permanentes em sua perna; pesquisadores também acreditam que ela pode ter nascido com espinha bífida, uma condição que causa complicações ortopédicas. Essas adversidades fizeram com que ela se tornasse uma criança introvertida e isolada. Quando retornou à escola, enfrentou exclusão e bullying por parte de seus colegas.
Aos 18 anos, a vida de Frida viveu outra reviravolta: ela estava em um bonde quando sofreu um terrível acidente de trânsito. Uma barra de ferro atravessou sua pélvis, deixando-a incapacitada de andar por um longo período. Esse evento teve consequências duradouras, resultando em diversas cirurgias e a necessidade de usar um espartilho metálico, que passou a ser retratado em suas artes, em obras como:
“A Coluna Partida”
“Árvore da Esperança, Mantenha-se Firme”
Nessas pinturas, Kahlo simbolizando tanto as dificuldades impostas por sua deficiência quanto sua inabalável resistência.
Frida Kahlo foi uma figura marcante por várias razões, mas é vital exaltar e lembrar sua história como uma mulher com deficiência.
Adotar uma postura anticapacitista é crucial para nossa sociedade, não apenas para combater o preconceito que vê as pessoas com deficiência como inferiores, mas também para respeitar a arte e a história de Frida, que sempre fez questão de destacar suas deficiências em suas obras.
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