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Lá está ela. . . A mulher que sente “demais”.

Que ama demais, que sente profundamente  e que quer demais.

Lá  está ela, ocupando muitos espaços, com suas risadas, seus desejos, suas curvas, com sua honestidade, com sua sexualidade…

Sua presença é tão marcante e grande que ela parece uma árvore.
Sua presença é tão larga, que ela parece uma montanha.
Sua energia ocupa todas as lacunas e rachaduras dos espaços que habita. Ela é notada.
Tem em si muito a oferecer.

Cheia de anseios ela causa um alvoroço por onde passa, tem desejo por demais.

Ela quer muito, ela quer tudo: Muita felicidade, muito tempo consigo, muitos prazeres…
Ela destrói barreiras, navega rios, ultrapassa incêndios para obtê-los.

Ele arriscará tudo, pois tem muito a oferecer.
Ela faz de tudo para saciar os anseios e desejos que habitam o seu coração, corpo e alma.
Ela é o desbunde, o deleite, um vulcão em erupção que transborda por onde passa.
Ela é larva e fogo que invade, incendeia  e transforma tudo o que toca.
Todos a sentem.
Ela é perigosa.

E lá vai aquela mulher que sente ” por demais”, que faz as pessoas pensarem demais, sentir demais e deslumbrarem por demais.

A mulher que sente por demais, não cabe em si.

Ela com sua autêntica prosa e autoconfiança,  na maneira como se comporta e como se move, hipnotiza.

Carrega em sua barriga arrepios,  apetite.
E m seus poros um dilatar de desejos
Em sua boca versos e beijos.
Em sua garganta uma voz que grita.
Ela tem fome e é insaciável com  tendências para paixões ardentes.

Todos os olhos que a miram, não a alcançam essa mulher gigante, mas sentem a sua grandiosidade.

Oh, aquela mulher que sente ” demais”, é:  grandiosa, vibrante, fabulosa, verdadeira, inteligente, difícil, sensível, selvagem, intimidante,  bem sucedida, Hedonista, feminista, buscadora de prazer, empática ,tem o corpo que quer, é forte,  política, ama quem quer e por vezes, é carente…Claro!

Ela quer “por demais”: Amor,  justiça,  sinceridade, tranquilidade, equidade, espaço, respeito, igualdade,  carinho, ser vista, compreendida e todas essas coisas são básicas. Mas, fazem parte da mulher que sente por demais.

Não é fácil sentir por demais em tempos que sentem de menos.

Nós, mulheres, também estamos enfrentando o extermínio há séculos; Temos muito medo desse extermínio, do pavor de sua grande presença.
O modo como a mulher habita os espaços  também impõe respeito e exercita a verdade de seus sentimentos.
Estão tentando nos sufocar(sufocar as mulheres), se não diretamente, isso é feito em nossas irmãs, em nossas esposas, em nossas filhas, em nossas  amigas… E mesmo agora, ainda hoje, envergonham  a mulher que sente “demais” devido a sua grandiosidade,  por seu desejo, por sua natureza apaixonada.

E ainda assim. . . ela prospera

No meu próprio mundo e diante dos meus próprios olhos, estou testemunhando a recuperação e a ascensão da Mulher que sente “demais”.
Essa mulher também é conhecida por alguns como uma mulher selvagem ou um feminino divino. De qualquer forma, ela sou eu, ela é você, e ela ama totalmente ter a oportunidade de sair e poder viver esse amor para fora, extravasar e transbordar esse amor, pois não cabe nela.

Se você já foi chamado de ” exagerada”  ou “muito sensível” ou “que sente por demais ” ou “que luta pelo que quer”, “que se impõe por demais” você, sem dúvidas, é uma mulher que sente “demais”.

Não é fácil, mas, o mundo precisa de você, de toda essa sua profundidade e de toda  sua imensidão. Não se deixe deter pelas bloqueios alheios, não se abandone, contemple a sua grandeza e seu esplendor.

Como comunidade e com cada cidadão que passar pela sua  vida, a sua grandiosidade tem o poder de curar essa humanidade fria e que sente “de menos”. E que isso não seja um peso para você e sim, apenas o poder que a sua grandiosidade tem de atingir o próximo. Você é necessária!

Não tenha medo deste presente e não deixe que ninguém te leve para longe dele. Seu excesso é mágico, é remédio. Isso pode mudar o mundo.

Então, por favor, mulher que sente “demais”
Exale, transborde, sinta, desbunde, emita suas ondas, seu perfume de poder, ventile suas  chamas e continue provocando arrepios. A humanidade é imune ao ódio, mas não ao amor.

Texto inspirado no artigo “Mujer demasiada de  Ev’yan Whitney”
Traduzido com modificações culturais e sentimentos femininos, para a versão em português do “Arte no Caos”.

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