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Histeria, o grito de socorro das mulheres contra sua repressão sexual

O nome vem do grego hystéra, que significa útero. “Acreditava-se, na antiguidade, que a energia vital desse órgão se deslocava para outras regiões do corpo, causando os ataques. Já na Idade Média, eles eram considerados manifestação de bruxaria e não foram poucas as mulheres queimadas vivas por causa disso. A psiquiatria do século XIX, por sua vez, acreditava que a raiz devia estar em uma lesão orgânica, enquanto outros falavam em fingimento”, diz a psicanalista Maria Teresa Lemos, da Escola de Psicanálise de Campinas.

O que os médicos nunca haviam percebido era que a histeria representava um grito de socorro das mulheres contra sua repressão sexual. Esse segredo começou a ser desvendado pelo francês Jean Martin Charcot (1825-1893), um dos pais da neurologia, que descobriu, por meio da hipnose, que tais sintomas tinham origem psíquica. O mais célebre aluno de Charcot, Sigmund Freud, demonstrou que nessa origem estava sempre um trauma sexual – ponto de partida para a criação de uma nova disciplina: a psicanálise. Com as mudanças sociais e culturais do século 19, na Inglaterra, muitas mulheres foram diagnosticadas com histeria. E a indicação terapêutica, por vezes, consistia em um tipo de masturbação realizada primeiramente por médicos e depois com a ajuda de um instrumento específico, conhecido hoje como vibrador.

Veja mais nesse vídeo da NEXO.

Fontes: Mundo Estranho e NEXO

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