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LISTA DE 25 FILMES COM CENAS ERÓTICAS

O erotismo está muito além daquilo que está explícito, podendo se manifestar nos detalhes mais singelos e especialmente em ambientes de algum tipo de repressão. Como quando Emma Bovary (do romance de 1957, de Gustave Flaubert, o Madame Bovary) fingia desmaios no colégio de freiras, para ser tocada por essas ao tentar acorda-la. O erotismo é um grito libertador que beija os nossos desejos reprimidos. Podendo ultrapassar o toque e a carne, transcende o corpo.

 

 

 


Cena de “Boi Neon”, de Gabriel Mascaro.

O cinema, essa rica máquina com o poder de poetizar a vida, quando bem utilizado, tem a capacidade de narrar a sensualidade nos detalhes mais implícitos, por metáforas, de maneira sensível, ou até nas manifestações mais explicitas com a exaltação da carne.

Cena de “Carne Tremula”, de Pedro Almodóvar.

Quando nos permitimos envolver, pode ser sinestésico. A arte da sensualidade expõem a beleza, os desejos e as dores que pulsam em nossas veias. A arte seduz, a arte salva!

Abaixo listamos alguns filmes (poucos) com cenas minimalistas até as mais intrépidas (Cuidado: área de SPOILERS):

1. Hiroshima Monamour (1959), de Alain Resnais

Em Hiroshima, uma atriz francesa e casada (Emmanuelle Riva) troca abraços com seu amante, o arquiteto japonês Lui (Eiji Okada). Numa época de grande censura do cinema (comparado a hoje, especialmente), os abraços expressam de maneira muito delicada o ato sexual daquele casal.

2. Lucia e o Sexo (2001), de Julio Medem

Momento em que Lucia (Paz Vega) declara o seu amor ao escritor Lorenzo (Tristán Ulloa). Uma mulher que está apaixonada por um homem se despe sentimentalmente, colocando em palavras tudo o que sente em um ato de coragem, onde é tudo ou nada.

Belo é ver a mulher ser retratada nessa posição empoderadora, com desejos, liberta, que busca o que quer, como a sua própria heroína e não em posição de submissão, que é o que estamos acostumados. A cena é tão delicada e honesta, que busca o espectador para a imersão, há suspiros, pausas, surpresa, perplexidade, gana…

3. As Pontes de Madison (1995), de Clint Eastwood

Francesca (Meryl Streep) entra na banheira que o fotógrafo Robert Kincaid (Clint Eastwood) acabou de tomar banho e fica extasiada de ter o seu corpo tocando o mesmo espaço em que o homem por quem ela está apaixonada esteve há poucos momentos.

4. A Estranha Passageira (1942), de Irving Rapper

Quando Jerry Durrance (Paul Henreid) acende dois cigarros um para ele e o outro para Charlotte Vale (Bette Daviss).

5. O Casamento do Meu Melhor Amigo (1997), de P.J. Hogan

Michael (Dermot Mulroney) tira com a boca o anel do dedo de Julianne (Julia Roberts).

 6. Um Corpo que Cai (1957), de Alfred Hitchcock

O detetive aposentado John ‘Scottie’ Ferguson (James Stewart) encontra uma mulher idêntica a seu amor Madeleine Elster (Kim Novak) e a beija. O beijo é mostrado numa perspectiva com uma câmera de 360 graus.

7. Watchmen – O Filme (2009), de Zack Snyder

Laurie Juspeczyk/Espectral (Malin Akerman) está transando com o Dan Dreiberg/Coruja (Patrick Wilson) e sai uma espécie de turbo da nave, simbolizando um orgasmo.

8. Medianeras (2011), de Gustavo Taretto

Em um momento de solidão, Mariana (Pilar López de Ayala), troca caricias com o manequim, que é a sua maior companhia.

9. Boi Neon (2016), de Gabriel Mascaro

Embora o filme tenha muitas cenas sensuais, vemos aqui a cena de dança da mulher com cabeça de cavalo, algo muito intrigante para a trama.

10. Frida (2003), de Julie Taymor

Duas mulheres dançando tango, Frida Kahlo (Salma Hayek) e a fotografa Tina Modotti (Ashley Judd).

11. Dolce Vita (1960), de Federico Fellini

Icônica cena em que a atriz de Hollywood, Sylvia Rank (Anita Ekberg), invade a fonte de Trevi, se banha e Marcello Rubini (Marcello Mastroianni) entra para tirá-la de lá, banhando-se também.

12. O Segredo dos Seus Olhos (2010), Juan José Campanella

Afagos de rosto (beijos reprimidos) entre Irene Menendez Hastings (Soledad Villamil) e Benjamin Expósito (Ricardo Darin).

13. Os Sonhadores (2004), de Bernardo Bertolucci

Isabelle (Eva Green) veste-se de Vênus de Milo.

14. Lavoura Arcaica (2001), de Luiz Fernando Carvalho

O que deveria ser uma festa árabe, Ana (Simone Spoladore) transforma numa performance antropofágica, indo contra e manifestando todos os desejos guardados e contidos da tradição. Uma diaba Dionísica. Enquanto André (Selton Mello) contorce-se de prazer.

15. Sem Vestígios (2000), de Gina Prince-Bythewood

Zora Banks (Sanaa Lathan) escorre pela parede e toca o chão que Franklin Swift (Wesley Snipes) acabara de reformar.

16. As Amorosas (1968), de Walter Hugo Khouri

Marcelo (Paulo José) e Marta (Jaqueline Myrna) na cama. Trejeitos faciais, quebra de parede e afagos corporais representando uma transa.

17. E Deus Criou a Mulher (1956), de Roger Vadim

Juliete Hardy (Brigitte Bardot) sai em busca de diversão e dança, liberando-se e contrariando os homens que a desejam.

18. Má Educação (2003), de Pedro Almodóvar

Angel (Gael García Bernal) e Enrique Goded (Fele Martínez) na piscina. Entre tirar a roupa, corpos molhados, mergulhos e olhares calorosos.

19. As Neves de Kilimanjaro (1952), de Henry King

Em um bar, Harry Street (Gregory Peck) e Cynthia Green (Ava Gardner) acendem os cigarros ponta a ponta, em um clima de sedução intimidade. Muito erótico para a época. As pontas dos cigarros se encostando são como dois lábios que se tocam.

20. Persona (1966), de Ingmar Bergman

Elisabeth Vogler (LIv Ullmann) e Lakaren (Margaretha Krook) encostam-se e mesclam-se, em um silêncio que fala.

21. Pierre La Fou (1965), de Jean-Luc Godard

Marianne Renoir (Anna Karina) tira o cigarro da boca do Ferdinand Griffon (Jean-Paul Belmondo) e o beija.

22. Eu Te Amo (1981), de Arnaldo Jabor

Maria (Sonia Braga), cabelos selvagens, ombros de fora, harmoniosa com a locação, em um discurso intelectual de uma “garota da programa”.

24. Her (2014), Spike Jonze

Theodore (Joaquin Phoenix) faz sexo com Samantha (voz de Scarlett Johansson), que é um sistema operacional fruto da realidade artificial e companheira amorosa para Theodore. A cena, de profunda imersão, vai perdendo as imagens e mexendo cada vez mais com o imaginário do prazer.

23. O Fabuloso Destino de Amelie Poulain (2002), de Jean-Pierre Jeunet

Amelie (Audrey Tautou) enfim encontra Nino (Mathieu Kassovitz). Ela, que é introspectiva, não fala nada, mas se expressa distribuindo beijinhos pelo rosto. Vale ressaltar que, em diversos momentos, o filme é uma exaltação das gentilezas, e os pequenos prazeres da vida chegam a ser sensoriais.

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